sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Branca de Neve



Vi a neve pela primeira vez!
Sou tupiniquim, baiana, com o coração sergipano, 100% nordestina, fazer o que?
Sempre preferi o sol, o verão. Nunca passei minhas férias em lugar frio, imagine com neve. Esquiar? Nunca. Fazer boneco de neve? Piorou.
Tinha visto ontem que hoje nevaria. Santa previsão! Acordei e fui direto abrir a janela. A neve caia como propaganda de Natal de shopping center: branca, uniforme, imaculada. Formava uma camada branca nos carros, mas no chão, derretia.
Nevou bastante, mas só deu para fazer uma bolinha mixuruca (foto). Mesmo assim, a neve de hoje serviu para me deixar sorrindo como criança e morrer de saudade.
A chuva chama coberta e filme; a neve, a lareira e abraço (só para ser discreta).

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"Chove chuva, chove sem parar"
















Começou o frio, chove muito, conseqüências:
- dose dupla de vitamina C;
- capa de chuva. Abandonei a sobrinha, impossível com tanta tralha que levo;
- adeus aos meus almoços na pracinha;
- cuidado redobrado para não escorregar, de novo, nas grades do metrô;
- crise ecológica: botas de plásticos, classificadores de plástico, sacos plásticos etc etc etc;
- desviar dos golpes dos guarda-chuvas;
- tomar um banho das poças de água que se formam, as motos e carros passam sem dar a mínima para os pedestres;
- segurar a ânsia de vômito provocada pela "caatinga", "murrinha", fedor, "cêcê" e sinônimos, misturado com o cheiro de umidade e de mofo dos casacos guardados;
- as flores dão o ar da graça e a grama fica verdinha!

Ontem fui fazer supermercado, porque não tinha mais alternativa, já havia adiado ao máximo. Estava chovendo muito. Enquanto andava até o ponto do tram, desviando das poças, das motos, das bicicletas e das sombrinhas, com duas sacolas pesadas nas mãos, pensei na escolha que fiz: deixar meu conforto e investir em conhecimento lato (cultura, estudo).
As rosas têm espinhos.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Olhar, ver, sentir

Não sei, mas a melhor visão é a dos nossos olhos, livres de qualquer impressão... mas é tão difícil um olhar límpido, sem registros, sem conceitos.

Olhos que vêem, mas não entendem. Quando alcançam o sentido, já não há mais para ser visto.
Vale o registro cravado n’alma.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008



Sempre tive consciência que a felicidade é inerente ao ser humano, se olharmos para frente ao invés de olharmos para os lados tudo ficará mais fácil. A comparação é muito dura. Queremos ter o salário, a profissão, o carro, o casamento, os filhos, a cultura, até os problemas do outro e buscamos desenfreadamente esses objetivos.
Para mim, cada um tem seu caminho e suas coisinhas que dão prazer instantâneo e felicidade intensa, não existe rótulos, detesto isso. Os rótulos acabam com as pessoas, frustam e trazem a infelicidade. Exemplo: por que música boa é a clássica, MPB, rock ou sertaneja? Por que temos que ter um relógio dourado, prateado ou colorido? Por que temos que ter filhos, por que temos que casar? Por que temos que ser magra, ter cabelo liso, peitão? Para que tanto dinheiro? Por que tão pouco dinheiro? E por aí vai.
Não quer dizer que não olho par aos lados ou não rotulo, mas procuro afastar esses maus costumes e viver.
Estou vivendo exatamente assim, tenho meus momentos tristinhos, dou várias gargalhadas, mas sempre descobrindo a felicidade em coisas miudinhas do dia a dia.

As flores me deixam muito feliz!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Viva a diversidade de cultural!



Hoje foi o jantar de aniversário da minha locatária e o bolo foi meu presente. Fiz exatamente como ela escolheu: bolo de cenoura com calda de chocolate. Isso mesmo! Bolo de cenoura com calda de chocolate!
Quando ela me pediu a receita para fazer no seu aniversário, imaginei que seria um café-da-manhã, mas logo fui informada que seria um elegante jantar para 30 pessoas. Pensei comigo, muito fuleiro bolo de cenoura. Não disse nada. Fiz o bolo com muito capricho e incrementei na decoração para não parecer o óbvio, inclusive servi a calda à parte.
O jantar estava ótimo, tudo muito gostoso e recebi vários elogios ao bolo tão “criativo”.
Arrumando as fotos da festa me dei conta da minha limitação. Por que o bolo de cenoura não poderia ser o rei da festa? Logo eu que devoro metade de uma assadeira? Simples, porque na minha cabeça é um bolo para tomar com café e não se comparava àquelas tortas maravilhosas de aniversário.
Mudei de idéia! O bolo estava tão leve e a calda de chocolate divina que será uma ótima opção para datas especiais. Depois é esperar para ver a cara dos meus convidados quando descobrirem que a torta toda caprichada esconde o velho amigo de infância!
Senti saudade do melhor bolo de cenoura que já comi, o de Rosângela da Celi.
Nota: as margaridinhas usadas na decoração do bolo são naturais!